No mês de abril comemora-se a Páscoa. A palavra Páscoa vem do hebraico pesah que traduzida para o grego será (páscoa), que significa passagem. No seu aspecto histórico a Páscoa foi instituída como festa em memória da passagem de Deus no Egito para a libertação povo de Israel da escravidão (Ex. 12).
O elemento principal da ceia pascal era o cordeiro, cujo sangue apontava profeticamente para o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Êx. 12.1-11, Jo. 1.29). Sendo assim, e como tal, esta festa não nos diz respeito, pois o objetivo da páscoa, em seu simbolismo profético, já foi alcançado.
Apontando para Cristo, a páscoa se incluía entre as sombras que, profeticamente anunciavam a primeira vinda de Jesus como o Messias prometido, o qual, tendo já vindo, substituiu as sombras, tornando-se, Ele mesmo, nossa Páscoa, isto é: nossa redenção.
Jesus celebrou a páscoa pela última vez e instituiu, em seu lugar, a Ceia Memorial. Naquela última páscoa ficou encerrada a antiga aliança relembrada e legalmente instituída no Sinai (Lc. 22.14-18). Logo em seguida, a Ceia é instituída, memorando a Nova Aliança no Seu Sangue (Lc. 22.19, 20).
A Ceia, portanto, é para ser comemorada até que Cristo volte e não a páscoa, cujo término foi retificado com a morte de Cristo no Calvário – acontecimento para o qual a páscoa apontava.
Apesar de não a comemorarmos podemos aproveitar a oportunidade para anunciar que ela tem a ver com o amor de Deus por toda humanidade, ou seja, que Deus entregou seu único filho, como sacrifício pelos nossos pecados e Nele, somente Nele, temos Vida Eterna.
(Bp. Ronaldo Inocêncio)